Pode não ser um especialista no mundo automóvel, mas com certeza já ouviu falar de airbags ou teve contacto com este sistema de segurança – de preferência só em filmes, e nunca na vida real, claro.
Neste artigo vamos dissecar a fundo este mecanismo de segurança presente nos automóveis contemporâneos, desde as suas origens, função, manutenção, e muito mais.
Venha daí.
É simples, e complexo ao mesmo tempo: são dispositivos de segurança desenhados para proteger os ocupantes de um automóvel em caso de colisão.
São bolsas infláveis que se expandem de forma muito rápida em caso de colisão forte, reduzindo assim o impacto dos viajantes contra as partes rígidas do habitáculo do carro, como o volante, o painel ou as portas, minimizando possíveis lesões graves na sua integridade física.
Fazem parte do sistema de segurança passiva de um veículo, isto é, as medidas de segurança criadas para proteger os ocupantes em caso de acidente mas que não dependem da ação do condutor, funcionando de forma automática.
São exemplos de mecanismos de segurança passiva:
A segurança passiva é hoje uma parte essencial do design de automóveis, regulado por leis que protegem os automobilistas e tornam as estradas cada vez mais seguras para a integridade física das pessoas.
Estas medidas trabalham em conjunto com as de segurança ativa para poderem entregar a máxima eficácia na prevenção das lesões.
São exemplos de segurança ativa:
Mas onde e quando surgiu esta ideia?
A origem do conceito de airbag remonta ao princípio do séc. XX, aos Estados Unidos da América, mas só mais para o final dos anos 1900s começámos a vê-los materializados, quando a tecnologia o permitiu, nas décadas de 1960 e 70.
Em 1974, a fabricante General Motors já os introduziu pela primeira vez em alguns dos modelos do seu catálogo.
Todavia, ainda não era um requisito legal: os sistemas de airbag eram opcionais, e tinham em mente ainda só a segurança do condutor.
O tempo e a maturação da tecnologia conduziram à adoção generalizada desta tecnologia de segurança, obrigatória por lei desde 2006.
Atualmente, é obrigatória a presença de dois airbags frontais e dois laterais, para a cabeça, e dois para o tórax, embora possa haver apenas um para a cabeça e para o tórax.
Os restantes tipos – vai perceber quais são mais à frente – não são obrigatórios, variando de acordo com o modelo e o ano de fabrico do automóvel.
Como sabemos, os airbags são acionados em caso de colisão violenta.
Aí, sensores estrategicamente situados no veículo detetam a sua desaceleração súbita e enviam um sinal para o módulo de controlo do airbag, que avalia a gravidade do impacto.
Se o módulo de controlo determinar que a colisão é suficientemente severa para acionar os airbags, ele envia um sinal elétrico para os infladores de airbags.
Os infladores de airbags vão, como o nome indica, encher o airbag, graças a um elemento propulsor como o nitrato de azoto, e a ação da eletricidade.
O propulsor então gera um gás inerte que vai encher o airbag de forma rápida, criando uma almofada pronta a reduzir o impacto dos viajantes contra o interior do veículo.
Todo este processo é rápido – mesmo muito rápido – e não pode ser de outra forma.
Tudo dura milissegundos, para garantir o efeito útil do sistema de airbags e a proteção dos viajantes.
Não sendo uma solução única para todos os tipos de colisões, os airbags são concebidos em várias formas e posicionamentos estratégicos para proteger ao máximo a integridade física dos ocupantes de um automóvel.
De acordo com o seu posicionamento no automóvel ou a parte do corpo que visam proteger, os airbags podem ser:
São os mais comuns. Estão posicionados no volante (airbag do condutor) e no painel (airbag do passageiro da frente).
Protegem os ocupantes em caso de colisões frontais, inflando entre o ocupante e a parte dianteira do veículo em caso de impacto.
São instalados nas laterais dos bancos dianteiros e, em alguns casos, nas portas.
Protegem em caso de colisão lateral, minimizando o risco de lesões na região do tronco e da cabeça.
Geralmente montados nas colunas do teto, cobrem as janelas laterais. Protegem as cabeças dos viajantes em caso do automóvel capotar ou colidir lateralmente, criando uma almofada entre os ocupantes e as áreas de impacto.
Normalmente existem para o condutor, mas há automóveis que os têm instalados também para o passageiro da frente.
São posicionados na parte inferior do painel, debaixo do volante.
Visam proteger as pernas e joelhos do motorista, evitando que sejam empurrados para a frente numa colisão frontal violenta.
Automóveis mais recentes também podem vir equipados com airbags traseiros.
Estes protegem os ocupantes dos bancos de trás em caso de colisão violenta.
Estes têm a particularidade de proteger não apenas os ocupantes do automóvel, mas também pessoas fora do seu habitáculo.
O objetivo é assim reduzir o impacto e o risco de lesões graves para os pedestres em caso de colisão com o carro.
Geralmente, este airbag está localizado na parte frontal do veículo, debaixo do capô. E é acionado para criar uma área de absorção de impacto mais suave, ajudando a minimizar lesões na integridade física do pedestre.
Importante notar que este airbag pode não estar presente em todos os carros. A sua presença, ou não, depende das decisões do fabricante e da regulamentação em vigor, mas não é obrigatório na maior parte dos Estados.
Em suma, nem todos os tipos de airbag estarão presentes em todos os automóveis, mas os essenciais sim.
Juntos, trabalham para proporcionar a máxima proteção em todas as diferentes situações de colisão que possam existir.
É importante ainda referir que os airbags podem ser desativados em situações excecionais. Damos-lhe um exemplo muito prático:
Ao transportar uma criança num banco dianteiro, de frente para trás, alguns veículos podem permitir a desativação, temporária, dos airbags do passageiro.
Algo que deve ser feito cautelosamente, e de acordo com as instruções do fabricante e da lei em vigor.
É, claro, importante fazer uma manutenção adequada do sistema de airbags, para garantir a segurança dos viajantes a toda a hora.
Os sistemas de airbag não têm uma validade definida, mas é importante estar atento a sinais de deterioração.
Para isso, lembre-se:
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