Sabemos que um carro não é um brinquedo: é um meio de transporte com milhares de quilos, componentes inflamáveis, capaz de atingir velocidades estonteantes na via pública, onde circulam milhares de outras máquinas com as mesmíssimas características. Assim, não é de espantar que haja pessoas com medo de conduzir, em maior ou menor grau.
Este é, aliás, um medo de tal modo difundido que há mesmo um nome científico para descrevê-lo: amaxofobia.
Neste artigo vamos explicar-lhe um pouco o fenómeno, e dar-lhe algumas dicas para gerir este medo de conduzir e levá-lo a ir em frente com o seu projeto de ser o melhor condutor que pode, e sabe.
Parece um nome complicado, mas não é: amaxofobia é o resultado da junção dos termos gregos “amaxo”, que significa carro, e, claro, “fobia”, que significa medo, e pode ser encontrado em muitas outras palavras que utilizamos para significar nos referirmos a medos irracionais.
A amaxofobia consiste então num medo intenso de estar dentro de um veículo em movimento, seja como condutor, ou como passageiro. A possibilidade de perder o controlo do carro é o motor desta fobia. O medo de perder o controlo do carro, essa possibilidade, é o motor desta fobia.
O medo, crêem consideram os especialistas, desenvolve-se a partir de más experiências dentro de automóveis, memórias traumáticas com acidentes ou outras predisposições. É por isso muito mais provável que se desenvolva, claro, numa pessoa que tenha passado por um acidente de viação grave, revivendo-o na memória de cada vez que entra num automóvel. Para as pessoas com medo de conduzir é normal terem episódios de ansiedade, stress elevado e mesmo ataques de pânico quando precisam de estar ao volante.
A propagação de informação nos tempos que vivemos faz com que este medo possa surgir também em quem não viveu qualquer acidente, mas viu, por exemplo, uma notícia ou um documentário sobre um, ou algum vídeo online com imagens mais explícitas ou mesmo um relato mais vivo de amigos ou familiares que tenham passado por isso. Nestes casos, é o receio de vir a ter um acidente que causa o medo de conduzir e perder o controlo do carro, mesmo sem o passado traumático. É até bastante comum termos pessoas nas nossas vidas que não conduzam, por estas razões, à noite ou em condições climatéricas adversas – justamente porque sabem, por exemplo, do caso de alguém que teve um acidente grave à chuva, na neve ou no escuro da noite.
Como qualquer outra fobia, não é fácil eliminá-la por completo, todavia há técnicas que podem ajudar a minorar o seu impacto na vida dos condutores com medo de conduzir.
Deixamos-lhe aqui algumas:
Comece devagar: se sabe que tem dificuldades neste capítulo, não force as coisas. Comece a conduzir em áreas tranquilas, com estradas fáceis e com pouco trânsito. Uma vez mais confortável, pode pensar em enfrentar desafios maiores.
Vá com um passageiro de confiança: a maioria das pessoas com medo de conduzir são iniciantes, que estão ou vão tirar a carta. Assim, com o apoio de um bom instrutor de condução, de um pai ou de irmão ou irmã mais velha, é mais fácil estar confortável dentro de um carro.
Escolha bem a escola de condução: se estiver para tirar a carta, pergunte a amigos e familiares onde o fizeram, como foi a sua experiência, que instrutor tiveram. As suas histórias podem ajudá-lo a sentir-se menos só na sua jornada e a encontrar um bom instrutor de condução, que lhe passe segurança e confiança, que é meio caminho andado para se sentir bem ao volante no início.
Imagine que tudo vai correr bem: pode parecer fantasioso ou ineficaz, mas manter uma visualização positiva, imaginar-se a conduzir tranquilamente, pode mesmo ajudar a lidar com o medo, com o trânsito, as regras e o funcionamento do carro.
Respire bem: quando estiver ao volante, e mesmo antes, respire fundo, lenta e profundamente. O oxigénio vai ajudá-lo a reduzir a ansiedade.
Fale sobre isso: não é a primeira nem será a última pessoa a ter este medo. Fale com o seu instrutor de condução, com os seus amigos mais próximos, com familiares, psicólogo se frequentar ou tiver consultado um para conduzir mais descansado. Isto vai ajudá-lo a relativizar o medo e a perceber que não é um bicho de sete cabeças: apenas um desafio, a ser ultrapassado como tantos outros.
Pense nas vantagens de conduzir: se o medo o paralisar, pense na autonomia que vai ter quando puder pegar no seu carro para ir onde quiser, na possibilidade de viajar e fazer passeios em liberdade, de ir levar e buscar os seus filhos à escola. Isto vai ajudar a superar o medo, agindo como motivador.
Estude bem o Código da Estrada: o mundo na estrada não é tão hostil como pode pensar. Apesar de haver, claro, situações anómalas e exceções, a condução, por parte de todo e qualquer automobilista, está regulada no Código da Estrada, conjunto de regras que deve conhecer a fundo para perceber como se organiza a estrada e como tudo fica mais previsível na vida de todos as pessoas ao volante.
Aprenda a conduzir bem: quanto melhor dominar todos os aspetos da condução – onde ficam todos os botões, para que servem espelhos, manípulos e pedais –, mais calmo ficará quando tiver de pegar no carro numa situação tensa.
Pratique com frequência: principalmente no início da sua vida de condutor, é importante não ceder ao medo de conduzir e partir para a estrada para ganhar automatismos na condução. Conduzir é, como muitas outras coisas na vida, algo em que se fica consideravelmente melhor fazendo.
Estas são as nossas dicas para ajudá-lo. Esperemos lhe sejam úteis a si, ou a alguém na sua vida, e que seja muito feliz a atingir o seu objetivo de tornar-se um condutor pleno e satisfeito.
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