Há quem ainda os confunda com carros elétricos, ou quem pense que ainda se tratam de carros do futuro. Na verdade, os carros híbridos estão cada vez mais presentes nas estradas portuguesas.
As marcas de automóveis têm vindo a apostar neste modelo, que vem colmatar uma “terra de ninguém” no mercado automóvel: a existência de um meio termo entre os carros movidos a combustíveis fósseis e os carros 100% elétricos.
Neste artigo apresentamos-lhe as vantagens e desvantagens dos carros híbridos para a sua carteira e para o planeta, e também os modelos existentes. Mas, primeiro, vamos à diferença entre carros híbridos e carros 100% elétricos.
À semelhança do artigo sobre carros elétricos, considerámos importante começar por fazer a distinção entre os carros híbridos e os carros 100% elétricos.
Mais uma vez, reforçamos que a principal diferença está no motor. Os carros 100% elétricos têm apenas um motor elétrico, que pode ser carregado em casa ou nos postos criados para o efeito. Os carros híbridos combinam um motor elétrico e ainda um motor de combustão – a gasóleo ou gasolina.
O objetivo dos carros híbridos é tirar o máximo partido da função destes dois motores, reduzindo os consumos de combustível e as emissões de CO2.
Vamos então àquilo que certamente motivou a sua leitura deste artigo: as vantagens fiscais, financeiras e também ambientais de optar por carros híbridos, no lugar dos veículos convencionais.
Primeira boa notícia, especialmente tendo em conta a situação que atravessamos: em comparação com os veículos movidos apenas a gasóleo ou gasolina, os carros híbridos são realmente bastante competitivos no que toca aos consumos.
Visto que o motor de combustão só é utilizado em parte, é possível estar aqui a solução para os preços elevados dos combustíveis.
Um dos fatores de maior potencial dos carros híbridos está… na potência. Por conciliarem um motor de combustão e um ou mais motores elétricos, os carros híbridos chegam a atingir motorizações com uma potência combinada superior a 200 cavalos.
“Eu tenho dois amores, que em nada são iguais”, mas que ficam muito bem juntos. Como já referido, ao apresentarem dois motores (elétrico e a combustão) os carros híbridos permitem-lhe poupar ao nível do consumo e, para além disso, transmitem mais segurança.
A maioria destes carros apresentam tração integral, muito útil em dias de chuva ou em situações de menor aderência na estrada.
São vantagens atrás de vantagens. Ao contrário do que se verifica em motores a turbo, o motor elétrico dos carros híbridos permite uma entrega instantânea e linear da potência.
O motor a combustão não precisa, assim, de fazer um esforço tão grande pois a aceleração é imediata.
Se tem bem presente a sustentabilidade do planeta, este ponto é importante.
Os carros híbridos também são conhecidos pelas suas baixas emissões de CO2 e, consequentemente, pelo menor impacto ambiental. São por isso uma excelente alternativa para o futuro do planeta.
Sabe o quanto pode poupar a longo prazo? As baixas emissões de CO2 e o menor impacto ambiental não só são benéficos para o planeta, como também para a sua carteira.
O IUC (Imposto Único de Circulação) é mais baixo para os condutores que comprarem carros híbridos, que têm também 75% de desconto no ISV (Imposto sobre Veículos).
A autossustentabilidade é outra grande vantagem. Nestes veículos, as baterias elétricas são recarregadas quando são ligadas à corrente ou através da energia gerada pela travagem.
Infelizmente, ainda nem tudo é um mar de rosas no mundo dos carros híbridos. Apesar de todos os incentivos fiscais e financeiros, os preços destes automóveis não são os mais acessíveis.
Estes custos mais elevados devem-se em grande parte ao valor gasto na construção das baterias e às motorizações a gasolina bastante potentes.
Custa-nos dizer isto, mas a manutenção dos carros híbridos ainda apresenta custos que não se tem com carros apenas movidos a gasolina ou gasóleo.
É verdade que nos carros híbridos é exigido um menor esforço aos motores a combustão, mas com a introdução de novos componentes, principalmente nas baterias, surgem também custos elevados a nível de manutenção e substituição de peças.
A terceira e última má notícia. Comparativamente aos automóveis convencionais, o tipo de bateria utilizado nos automóveis híbridos exige mais carregamentos de energias.
Visto não serem reutilizáveis, na altura de comprar uma nova bateria o meio ambiente também sai prejudicado.
Dos tipos existentes de carros híbridos, o híbrido paralelo conta com o design mais comum dos três.
Neste modelo, o motor elétrico e o motor a gasolina são conectados numa transmissão comum que combina as duas fontes de energia, que poderá ser manual, automática ou continuamente variável (CVT)
Neste design, não existe uma ligação mecânica física entre o motor e as rodas. O motor elétrico proporciona todo o impulso, o que resulta numa condução mais típica de carro elétrico, suave e potente.
O motor a gasolina está presente apenas para recarregar a bateria.
Possuem uma bateria muito maior, que deve ser totalmente recarregada através de uma fonte externa de eletricidade.
Este maior capacidade de armazenamento de energia permite uma direção totalmente elétrica prolongada e menores consumos de combustível.
Caso esgote o alcance totalmente elétrico, o carro basicamente voltará a ser um híbrido paralelo convencional.
Com a discussão do futuro do planeta cada vez mais presente na agenda dos governos, é provável que venhamos a assistir a mais incentivos financeiros para a compra destes veículos.
Mantenha-se atento às oportunidades para poupar a sua carteira e o planeta.
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