No dia a dia nas oficinas, são muitas as vezes em que somos perguntados por energias alternativas aos combustíveis clássicos (gasolina e gasóleo). E os carros a GPL não são exceção.
Os condutores procuram, cada vez mais, poupar dinheiro e dar resposta à crise climática que atualmente enfrentamos.
Há, no entanto, a impressão de que, desde o advento dos automóveis elétricos, os GPL têm perdido relevância e adesão junto dos automobilistas portugueses.
Será assim?
Neste artigo vamos escalpelizar esta questão, bem como responder a muitas outras sobre os veículos a GPL.
Venha daí.
GPL é a sigla de “Gás de Petróleo Liquefeito”, um combustível gasoso, inflamável e inodoro, composto, principalmente, por propano e butano, hidrocarbonetos leves.
É armazenado nos automóveis em tanques especiais, sob pressão, sendo menos denso do que a água.
Os veículos que utilizam o gás de petróleo liquefeito são assim comumente conhecidos como “carros a GPL” ou “carros movidos a gás”, tendo motores adaptados para funcionar tanto a gasolina/diesel, como a GPL.
Significa isto que o condutor pode escolher entre os dois tipos de combustíveis – GPL ou gasolina/diesel –, podendo alternar entre eles ao longo da deslocação, conforme lhe apeteça, salvo em situações como o arranque, em que terá de ser com gasolina ou gasóleo.
O GPL foi surgindo em Portugal de forma gradual, ao longo da década de 1990, à medida que a tecnologia se foi desenvolvendo e sendo adotada também em outras geografias.
O seu grande boom em terras lusitanas deu-se nos anos 2000, quando começou a surgir – agora em toda a população – uma consciência coletiva sobre questões ambientais, levando a uma recém-chegada procura por alternativas mais sustentáveis.
Esse boom também se deveu, claro, à sua maior acessibilidade económica quando comparada aos combustíveis fósseis e tradicionais.
Constituía uma solução win-win: o utilizador poupava dinheiro e o meio ambiente.
Sem avançar com valores concretos, porque flutuam e porque queremos manter este artigo atual para futuros leitores, a verdade é que o GPL é mais económico do que a gasolina ou o diesel.
O proprietário de um veículo GPL vai ter, assim, poupanças significativas ao fim do mês na rubrica combustíveis.
Também já falámos desta vantagem, mas merece ser reiterada, pela importância que assume.
O GPL utilizado nos automóveis é bastante refinado, havendo, no seu teor, menos impurezas do que na gasolina ou gasóleo – resultando numa combustão emissora de menos gases poluentes para a atmosfera, nomeadamente CO2.
Pode parecer contraintuitivo, mas a verdade é que um carro a GPL não será menos potente do que um “normal”.
Este é um dos principais mitos a respeito dos carros a GPL, e que não se revela verdadeiro – ainda menos o será hoje, altura em que os novos kits de conversão se tornaram mais sofisticados.
Outro mito: a questão das explosões em caso de acidente. Não é verdade.
O GPL é, sim, mais inflamável do que, por exemplo, a gasolina, mas as empresas que fabricam os seus depósitos têm total conhecimento disso, tornando-os extremamente resistentes, mesmo no caso do mais violento dos embates.
Apesar de vir a ser uma fonte de poupança futura, pode ser dispendioso, no imediato, converter um carro para GPL.
Com preços a rondar os 1500€, deverá ser estudada a viabilidade deste investimento: é necessário ter em conta os quilómetros feitos anualmente e tentar perceber se há retorno que o justifique.
É muito importante referir, no entanto, que há fabricantes que vendem automóveis já com motores equipados com GPL, de origem – é uma excelente opção a ter em conta.
Fique ciente de que poderá não encontrar postos de abastecimento com GPL em todo o lado.
As suas viagens vão, assim, exigir maior planeamento se optar por um veículo deste tipo.
Desmontando o mito da potência acima, não podemos ignorar que o rendimento de um depósito de GPL é menor do que o de um carro com motor a combustão.
O GPL tem um poder de explosão menor do que o da gasolina ou do diesel, pelo que precisará de injetar mais gás para obter o mesmo rendimento, razão pela qual os consumos de GPL serão ligeiramente mais altos.
Já foi uma desvantagem maior: em 2013, foi promulgada nova legislação, que acabou com o impedimento dos carros a GPL de estacionarem em parques cobertos.
Estes teriam assim de ser adaptados, com obras de segurança.
Da lei ao papel ainda vai alguma distância, e muitos parques não se adaptaram aos novos requisitos legais, não tendo sido ainda criada sinalética, em muitos casos, para identificar aqueles em que os carros a GPL podem estacionar.
Hoje, esta é uma questão dúbia, pelo que é provável, a um proprietário de um veículo a GPL, ver-se impedido de circular em alguns recintos privados.
Há sempre vários factores a considerar quando os comparamos aos seus maiores concorrentes de momento no mercado: os elétricos.
Não seria honesto da nossa parte prestar assessoria fiscal no que toca aos incentivos dados pelo Governo em matéria de compra de elétricos, ou mesmo no caso dos GPL.
Por isso, o nosso conselho irá sempre ignorar estes assuntos, que devem ser deixados aos profissionais competentes e qualificados para tal.
Podemos, sim, ajudá-lo a concluir que, do ponto de vista estritamente automóvel, os veículos a GPL ainda são um bom investimento, sobretudo se o carro for um GPL de origem.
São mesmo a solução de poupança ideal para quem, por exemplo, mora longe do trabalho e vê-se obrigado a percorrer distâncias longas de carro.
Para estas pessoas, ainda faz – e fará – todo o sentido investir num automóvel a GPL, sobretudo porque os elétricos demoram algum tempo a carregar, enquanto que, no caso do GPL, basta atestar o depósito e prosseguir viagem.
Assim, a nossa resposta final é sim, ainda são um bom investimento, sobretudo se seguir estas dicas:
Para qualquer assunto referente ao seu veículo GPL, somos todos ouvidos, e mãos!
Não hesite em trazer o seu automóvel a uma das 8 oficinas da rede Fix & Go, localizações e contactos que poderá encontrar neste mesmo website.
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